quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O etanol e seus impactos no meio ambiente




O etanol, também chamado álcool etílico e, na linguagem popular, simplesmente álcool, é uma substância orgânica obtida da fermentação de açúcares, hidratação do etileno ou redução a acetaldeído. O etanol/álcool é uma alternativa energética muito importante. Pode não ser um fim em si. Pode não ser o combustível ideal, mas na situação atual é o que podemos chamar de combustível de transição, para sairmos dessa sujeira petroleira e caminharmos em direção a uma fonte de energia ideal (se o processo evoluir a ponto de acabar com alguns problemas acredito que os biocombustíveis possam chegar a ser uma fonte definitiva).
No atual cenário de destaque onde encontra-se este combustível, em escala nacional e mundial, surgiram muitos questionamentos sobre a produção de etanol e os seus impactos para a sociedade e o meio ambiente. Acredito que entre tantas questões existentes estas são as mais importantes:
1. O trabalhador do canavial é explorado?
2. O crescimento da demanda por álcool combustível vai ameaçar a floresta amazônica e outros biomas?
3. A produção de etanol pode prejudicar a produção de alimentos?
(Tudo tem o seu lado bom e ruin.)


A situação do cortador de cana ainda é muito difícil. A jornada de trabalho é excessiva, o salário é baixo e as condições sanitárias são precárias.
Outro risco na produção do etanol está no uso não eficiente da água. Usinas mais ultrapassadas chegam a consumir até 21 mil litros d'água para cada tonelada de cana. Já as usinas mais avançadas usam entre mil e 5 mil litros, e já são maioria no país.
E a Amazônia? Pode haver desmatamento para plantio de cana? As entidades de produtores de etanol alegam que, apesar do solo ser adequado, o regime de chuvas da Região Norte é incompatível para o plantio da cana. Mesmo assim, não se pode garantir que o crescimento das lavouras de cana não empurre outras culturas para a região amazônica.
A crise mundial dos alimentos é o assunto do momento para a imprensa mundial. E até poucas semanas atrás a culpa era do etanol. Sem dúvidas a produção de etanol feita através de milho, trigo e outros grãos comestíveis afetou a disponibilidade destes alimentos neste ano e no ano passado também. Este assunto não é novo. Mas esse não é o caso brasileiro, são os EUA que produzem etanol com milho.
Ainda sobre alimentos, no mundo se produz mais alimentos do que se consume. O nosso grande problema é má distribuição e desequilíbrio econômico. Você já se questionou quanto alimento é jogado fora em mercados, bares e restaurantes? Quantos grãos apodrecem estocados? As vezes apenas esperando o preço subir?
No Brasil, dos 340 milhões de hectares disponíveis para plantio, somente 90 milhões são adequados para cana, que atualmente ocupa 7 milhões.

Enfim, ainda há muito o que evoluir até a produção social e ambientalmente mais eficaz do etanol. Na balança da poluição, apesar dos pontos negativos (como queima da palha) o etanol ainda dá de 10 na gasolina. O fator que desequilibra a favor do álcool é a lavoura de cana, pois para o seu crescimento a planta retira da atmosfera muito dióxido de carbono. Então o processo todo produz, o que alguns chamam, de efeito geladeira.

Melissa Santos 3c

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