sábado, 21 de agosto de 2010

Meio ambiente e crise mundial


Meio ambiente e crise mundial

Das muitas áreas que serão impactadas pela desaceleração, destaca-se, em particular, o meio ambiente. Por estarem intimamente ligados ao ritmo de consumo dos recursos naturais, esforços significativos para diminuir o declínio ambiental se mostrarão muito caros.
No geral, o crescimento estável da economia mundial - em sua a maior parte impulsionado pela fenomenal expansão econômica na china, Índia e outras nações - exigia um aumento correspondente na demanda de todas as formas de energia, especialmente de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), causadores do efeito estufa.
O resultado, não muito surpreendente, era a previsão de um dramático aumento na emissão de dióxido de carbono (CO2), a principal fonte dos gases responsáveis pelas mudanças climáticas do efeito estufa. O aumento na taxa de emissão desses gases precipitaria alterações climáticas globais, resultando em secas persistentes, no aumento da atividade de tempestades, e num significativo aumento do nível do mar.
Ao mesmo tempo, porém, a escalada no preço do petróleo - causada pelo forte aumento da demanda - juntou-se à crescente conscientização dos riscos do aquecimento global, resultando em impulso inédito nos investimentos em energias alternativas. Muitos governos, empresas de energia e investidores capitalistas de risco anunciaram planos de injetar altas somas no desenvolvimento de combustíveis alternativos, bem como em melhores métodos para a obtenção de energia eólica e solar.



POR: Eduardo Aniceto. 3ºC

Um comentário:

  1. O lado bom disso tudo é que os tempos econômicos difíceis levarão as pessoas a dirigir e voar menos, consumindo menos energia e diminuindo a expectativa quanto à emissão de gases causadores do efeito estufa. Quando a crise econômica se aprofundar, os consumidores ao redor do mundo devem cortar viagens e uso de energia, consumindo menos petróleo e diminuindo as emissões de CO2.
    Mas pensando pelo outro lado que é o lado ruim, a desvantagem nisso tudo. A mais grave é o risco de que investidores capitalistas deixem de aportar dólares em projetos energéticos inovadores e os governos também podem ter um período difícil no levantamento de fundos para projetos energéticos alternativos. Na verdade, os líderes de alguns países já pedem, devido à crescente crise econômica, um abrandamento nos esforços pela diminuição das emissões de gases causadores do efeito estufa. É previsto que os líderes europeus implementem um plano detalhado para atingir esse objetivo o mais rápido possível.
    Ainda não está claro se a crise irá fazer mais bem ou mal ao meio ambiente. No curto prazo, ela certamente deve diminuir o aumento nas emissões de dióxido de carbono. Vai, também, causar um atraso no desenvolvimento de projetos ambientalmente perigosos. Mas, se a crise frear o desenvolvimento de energias alternativas por qualquer período de tempo, ela acabará cancelando os efeitos positivos. Muitos esperam e observam o que acontece nos mercados financeiros globais. Do mesmo modo, o veredicto é ainda incerto sobre o derradeiro impacto da crise sobre o meio ambiente.

    Eduardo Aniceto.

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